Por: Alba Maria
Quantas vezes você já abriu e cheirou um produto antes de fazer sua escolha? Não é pecado admitir que, até mesmo diante de um creme antirrugas, cujo apelo de venda é a eficácia,a vontade de sentir o perfume é inevitável. “Porque o olfato é considerado o segundo sentido mais importante na hora da decisão de compra” dizem os experts. Muitas empresas atualmente e dentre elas a Sharimar se dedica ao que se chama marketing olfativo, que significa reter na memória dos consumidores, uma determinada fragrância que esteja associada a um lugar, uma ocasião ou a um produto. Uma espécie de assinatura final olfativa que criará um link entre a fragrância utilizada e o cliente final. Para desenvolver uma marca olfativa para uma empresa é necessário que o perfumista compreenda não só das famílias olfativas, mas também da subjetividade do ambiente que irá trabalhar. Precisa ainda dialogar bastante com o/a proprietária/o da empresa para garantir um excelente desenvolvimento de uma fragrância que crie uma sensação de conforto e bem estar em todas as pessoas que transitem na loja, sejam elas clientes ou funcionários/as. Uma fragrância é capaz de estimular memórias e sentimentos nas pessoas que elas há muito esqueceram e dessa forma criar reações desconhecidas. Por exemplo, se você passa em um restaurante e sente o cheiro do cuscus imediatamente você lembra de algo antigo, de sua infância, da cozinha de sua avó, etc e impulsivamente vem o desejo de entrar naquele restaurante e comer cuscus. É a chamada memória olfativa. Atualmente, as empresas estão desenvolvendo produtos para estimular as pessoas a consumires cada vez mais. Para isto, já existem cheiros de carro novo sendo utilizados nas concessionárias que vendem carros usados, cheiros de pipoca nos shoppings centers para provocar o desejo de compra e de permanência no local, as roupas já estão sendo fabricadas com alguns odores, etc. quer dizer a fragrância tornou-se um instrumento de marketing . De verdade, essa técnica de marketing olfativo existe no Japão e nos Estados Unidos há mais de 15 anos, porém o efeito das fragrâncias nos seres humanos vem sendo discutido desde a década de 70, nas casas de perfumaria. Pra vocês terem uma idéia, uma das primeiras empresas a adotar o marketing olfativo foi a Disney, que introduziu cheiro de pólvora e de borracha queimada nas salas de cinema, para dar um “ar de realismo “ aos filmes de ação e impregnou as ruas e os parques com cheiro de pipoca, para despertar o apetite dos visitantes.
É algo realmente fantástico, principalmente para a empresa ,no entanto é necessário que o perfumista tenha ética a fim de que não crie uma fragrância simplesmente para vendas, mas também para criar um clima de bem estar e conforto no local. E para você consumidor, atenção na hora da compra, saiba porquê está comprando, observe esse desejo de consumo que vem e que faz você adquirir muitos produtos sem ter nenhuma necessidade deles.
Referências:
Revista Cosmetic & Toiletries jan/fev 2010
Estudos realizados com o perfumista Jean Luc e a engenheira química e aromaterapeuta Sonia Corazza, em São Paulo.
Pesquisas e estudos realizados na empresa Sharimar , indústria de cosméticos, Simões Filho, Bahia.
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